Insegurança faz Mercado Crescer

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Em meio às turbulências politico-econômicas as pessoas tem assimilado a cultura de de que, num cenário de muitas incertezas e pouco dinheiro, evitar prejuízos torna-se uma obrigação. Os números da Confederação Nacional das Empresas de Se- guros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) deixam absolutamente claro que a população teme prejuízos na “hora errada” e continua investindo em seguros.

O setor registrou crescimento nominal de 9,2% em 2016 na comparação com 2015, de acordo com dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e compilados pela CNseg. O resultado representa um volume de arrecadação de R$ 239,3 bilhões.

Para 2017, a estimativa é um crescimento nominal da arrecadação entre 9% e 11%. Segundo o presidente da entidade, Marcio Coriolano, os números foram motivados pelo segmento de pessoas, com crescimento de 27,4% no seguro de vida individual e acidentes pessoais e de 21,9% da previdência privada. “Os brasileiros estão cada vez mais preocupados em garantira estabilidade financeira própriae de seus familiares, protegendo-se contra imprevistos de diferentes naturezas”, observa.

No estado a insegurança é apontada para justificar o aumento na venda de várias modalidades de seguro, entre elas, de veículos e residenciais. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Sindicato das Seguradoras, o RS foi o quarto estado que mais registrou furto e roubo de carros em 2016. Pelo menos 37,7 mil veículos segurados foram furta- dos ou roubados.

O número de roubos e furtos de veículos em Lajeado, Encantado, Estrela, Taquari e Arroio do Meio aumentou em relação aos três primeiros meses do ano passado. Desde janeiro de 2017, foram 113 ocorrências contra 102 de 2016.

Seguro é uma prevenção. Seguro você faz para ter tranquilidade. É uma questão de responsabilidade com você, sua família e com seu patrimônio.” Leodi Luiz Pavi , servidor público aposentado

Diversificação de produtos

Embora a crise impacte no bolso dos brasileiros, nunca foi tão importante assegurar o patrimônio. Para auxiliar na proteção, a Poolseg de Teutônia aposta na diversificação de produtos para conquistar novos clientes e expandir a área de atuação.

De acordo com o diretor, Ervino Scheeren, ao longo dos 20 anos de atuação, o bom atendimento aos clientes garante a satisfação. “Mesmo com a severa crise econômica, cresce- mos 6,5% em relação ao ano anterior”, destaca.

Scheeren ressalta que cada vez mais as pessoas se conscientizam da necessidade de proteger seu carro, residência, responsabilidade civil, sua vida, entre outros. “Trabalhamos uma vida inteira para adquirir nosso patrimônio e basta um minuto para perdê-lo. Por isso, é importante estar assegurado. Nossa agilidade, responsabilidade e o bom uso da tecnologia fazem toda a diferença”, justifica.

Entre os desafios do setor, destaca a necessidade de criar formas de atender às novas demandas e hábitos de consumo do dia a dia.

O seguro tem a função de socializar os riscos: com um pouco de muitos  paga-se o prejuízo de poucos.” Ervino Scheeren, Diretor

Patrimônio assegurado

O servidor público aposentado, Leodi Luiz Pavi, 61, de Teutônia, mantém seguro do carro há 20 anos e há 12 fez o residencial. Embora nas épocas de crise a palavra de ordem seja cortar despesas, a possibilidade de se desfazer do seguro nunca foi cogitada. “Se eu tiver um acidente ou colidir em um carro de maior valor, sem seguro, perco tudo, dependendo da situação, até minha casa”, analisa.

Para ele, é justamente em épocas de crise que se precisa dar mais valor à prevenção e buscar garantias para assegurar o patrimônio. Nas duas décadas em que está assegurado, acionou a corretora uma vez. “A gente paga seguro para não acionar. Mas quando precisei, cumpriram tudo o que foi citado em contrato e fiquei muito tranquilo”, diz.

O empresário Gerson Redecker, de Teutônia, tem seguro da frota de caminhões e veículos, seguro individual para cada funcionário e para sua residência. Para ele, com a crise, as coisas se tornaram mais difíceis e por isso evita ter prejuízos. “Tenho minha empresa, sobrevivo dela. E se acontece algum sinistro? Qual a garantia que eu vou ter se não tiver uma assistência? E imagina isso com a economia ruim? Aí é que a coisa complica mesmo”, resume.

Para Redecker, o seguro dá tranquilidade, sendo indispensável. “Essa segurança faz nosso trabalho ter sentido”, finaliza.


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